quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Prevenir é melhor do que remediar



Por causa de um lesão por estresse no calcanhar, fui terminantemente proibida pelo ortopedista de realizar qualquer atividade com impacto durante 1 mês. Foi uma verdadeira “Idade Média” esportiva na minha vida...
Completamente afastada das minhas aulinhas queridas de running na academia, tive que compensar com a realização de outras atividades sem impacto, que demandassem o mesmo tipo de esforço a que estava acostumada, para tentar não perder o condicionamento físico específico da corrida. Nesse período, além do spinning, de grande importância foram algumas aulas de deep water running na piscina, ou seja, corrida realizada na água, com o corpo suspenso por um colete flutuador. Por não oferecer nenhum impacto que arriscasse a minha recuperação, e por imitar ao máximo os movimentos e os estímulos da corrida, consegui manter o condicionamento, o que colaborou, do ponto de vista psicológico, a não desistir de voltar a correr, e tentar a São Silvestre no final do ano, mesmo sendo pouquíssimo o tempo para me preparar.
Uma vez recuperada, fui em busca das causas para tamanha “tragédia”, sentindo-me até um pouco culpada por achar que talvez pudesse estar suportando um castigo por ter em algum momento extrapolado os limites do meu corpo... Comecei por fazer um exame de baropodometria, para verificar se havia algum problema com a minha pisada durante a corrida, conforme me havia aconselhado o médico. E não é que a causa estava lá, clara e cristalina, com uma incrível certeza matemática?
Em suma, descobri que tenho um pé extremamente cavo (não pensei que era tanto assim...) que quase não tem apoio, suportando todo o peso do corpo (que durante a corrida é multiplicado diversas vezes) em apenas dois pontos, exatamente onde tive a lesão. Além do que, descobri que a minha pisada durante a corrida é pronada, portanto o oposto do que os exames em lojas de tênis apontavam (e eu já havia feito diversos, sempre com o mesmo resultado)!
Com esse teste pude fazer uma palmilha que me dá a sustentação adequada e comprar um tênis de acordo com a minha pisada, o que me deu um enorme alívio e a certeza de que, mesmo sendo uma corredora amadora, fiz tudo o que podia para poupar o meu corpo, e continuar a sentir prazer com a atividade física que eu escolhi.
Por isso, atletas de plantão, tomem todas as cautelas que puderem para desfrutar ao máximo de suas atividades esportivas sem lesões. Às vezes um investimento maior em sua saúde agora lhes poupará maiores gastos e aborrecimentos no futuro!
Thaís Aroca

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