sexta-feira, 20 de março de 2009

Corrida durante a gravidez

foto: 02 por miuto

Aproveitando este "mês das mulheres" e as comemorações e homenagens que se seguem ao dia 8 de março, resolvi compartilhar um pouco da pesquisa que fiz sobre corrida durante a gravidez. É verdade, tenho que admitir que a vontade de ser mãe tem batido forte no meu coração (chamo-a de "heróica pancada". Quem estudou na São Francisco vai saber do que eu estou falando...). Daí o interesse por saber mais sobre esse tema, já que me tornei uma viciada em corrida... É que a vontade de ser mãe é muito grande, e tudo o que puder ser feito em benefício do feto deve ser respeitado, porém aquele medinho de ter que parar de correr por 10, 12 meses parece tããããããooo sombrio... Afinal, a corrida faz um bem tão grande para o espírito! E só de imaginar o desastre que seria para o condicionamento ficar tanto tempo parada, então, dá até calafrios!
Então, felizmente, constatei que é possível correr durante toda a gravidez, e isso até traz excelentes benefícios para a hora do parto e para a saúde do bebê, desde que sejam atendidos os seguintes cuidados:

1) a gravidez precisa ser saudável
2) o médico precisa saber e autorizar a prática, após analisar a sua situação específica
3) você só pode correr durante a gravidez se já tiver esse hábito. Não é possível iniciar essa prática após ter engravidado
4) a quliometragem costumeira deve ser reduzida
5) a freqüência cardíaca deve ser controlada, e a corredora grávida deverá se ater ao esforço do tipo leve a moderado
6) a futura mamãe pode participar de provas normalmente, desde que as encare como um simples treino, sem qualquer pretensão de competir ou reduzir tempo. Deve também tomar cuidado com quedas, o que pode ser potencializado com as multidões (dica: escolha provas menos tumultuadas, de pequenas distâncias. Dê preferência a horários menos ensolarados e largue no final, tranqüila...)
7) todo o cuidado é pouco com lesão e quedas. Isto porque os ligamentos da grávida ficam mais frouxos e o seu centro de gravidade muda.
8) não controlar demais a alimentação, para não faltar nutrientes para o bebê (não é o momento para ficar controlando o peso, até mesmo porque você já gastará energia suficiente...)
9) no final da gravidez, o tamanho da barriga pode atrapalhar, comprimindo o diafragma e dificultando a respiração. Cabe à corredora ter o bom senso sobre a hora de parar. No final da gravidez o melhor a fazer é passar para exercícios de menor impacto, como corrida na água, hidroginástica ou spinning, sempre na freqüência cardíaca própria para a sua condição e sob orientação do profisisonal de educação física.
10) privilegiar os momentos de descanso entre os treinos (fundamental. Relaxe principalmente a lombar, e coloque os pés para cima)
11) não use em hipótese alguma suplementos sem o conhecimento e autorização do médico.
12) beba muita água
13) o exercício deve ser imediatamente suspenso mediante qualquer incômodo ou sinal de mal estar

Daí é só aproveitar esse momento tão lindo. No meu trabalho, convivo com uma corredora que está grávida. O nome dela é Valesca. Ela correu a Meia Maratona do Rio, e continuou treinando... Da experiência dela, e do que ela me passou, teve que reduzir bastante o seu ritmo e passou a trotar nos treinos. Já no final da gravidez, tem só caminhado, além de fazer os exercícios de ginástica localizada especialmente prescritos para a sua condição. No nosso clube de corrida também temos uma colega que vai ser mãe, a Thereza. Quando correu a corrida da Track and Field já estava grávida e ainda nem sabia...
É isso aí: acho que para a Meia Maratona eu já estou pronta, mas será que estou preparada para essa Ultramaratona que é ser mãe?

Nenhum comentário:

Número de visitas