domingo, 12 de abril de 2009

Minha quase 1ª Meia Maratona...

Depois de muito treino e bastante expectativa para a minha primeira meia maratona, aconteceu aquilo que jamais poderia ter acontecido. Aquilo que nenhum corredor está preparado para suportar: uma derrota.
Todo corredor está acostumado a ouvir frases de efeito, como aquela famosa do Lance Armstrong, ("A dor é temporária. Ela pode durar um minuto, ou uma hora, ou um dia, ou um ano, mas finalmente ela acabará e alguma outra coisa tomará o seu lugar. Se eu paro, no entanto, ela dura para sempre...") e acaba internalizando esse espírito sempre competitivo, ainda que contra si próprio...
Assim, acho que dá para ter uma idéia de como hoje eu me sinto ao contar essa experiência. Frustrada, bastante frustrada, porque me sentia preparadíssima para o desafio, mas também me sinto bastante amadurecida com tudo o que aconteceu. É que cada vez mais eu estou aprendendo a lidar com essa maravilhosa relação mente/corpo.
Já há um ano mais ou menos, venho passando por uma série de adversidades, no trabalho, mestrado, etc., situações que foram acumulando um grande cansaço mental. Por mais que o corpo descanse, ganhe condicionamento, treine, esteja, enfim, forte, o fato é que a mente também precisa de descanso... Não há escapatória. Não somos só corpo, a mente também faz parte... Achava que se o corpo estava indo bem, eu poderia "enganar" a mente com pensamentos positivos, com garra e determinação, que nunca me faltaram, e achava que no dia da prova poderia facilmente enviar este estímulo mental para os músculos e eles me obedeceriam.
Mas isso não aconteceu.
Em síntese, o que aconteceu foi uma soma de fatores: estava me recuperando de uma gripe, no dia acordei com o nariz entupido e fui correr. A respiração estava ofegante desde o início, e logo nos primeiros quilômetros já senti aquela dor de lado, típica de respiração insuficiente. Corri com esforço, e a dor acabou passando. Os batimentos cardíacos começaram a se elevar muito e tive que reduzir demais o ritmo para recuperar. Daí a batalha mental começou: o corpo reclamava, a mente não ajudava, e acho que me deixei derrotar muito cedo nessa batalha. Conformei-me com o fato de não completar a prova e cedi à tentação de andar. Depois disso, não consegui mais continuar...
Fiquei triste, mesmo assim peguei a medalha, porque, afinal, era a mesma para quem corresse 7km ou 21km, e eu corri bem mais de 7km... Não teve o gostinho de vitória, mas pelo menos eu saí de lá já pensando no novo desafio, que ainda é o mesmo: completar a minha primeira meia maratona! Vejamos as coisas sempre pelo lado positivo: pelo menos, completarei a minha primeira meia maratona em grande estilo, na Meia Internacional do Rio de Janeiro!!!! Vai ser uma vitória muito mais glamourosa, não acham?

2 comentários:

fred disse...

Thaís, estaremos no Rio para completarmos essa tão desejável meia maratona...

Fred

Roger Ban disse...

Legal moça!
A persistência é uma das maiores virtudes de qualquer atleta, acho que todos que estão ali na largada, como você e eu já largam campeões e merecedores da medalha.
Também já carimbei o passaporte para o Rio!
Inté lá intão uai...

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